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Desmatamento
DesmatamentoNo Brasil, o desmatamento é medido anualmente pelo governo. A estimativa oficial é que aproximadamente 18% da Amazônia brasileira já tenham sido desmatados.
Os índices de desmatamento variam de um país amazônico para outro. Isso acontece principalmente porque variam também os fatores que ocasionam esse processo na região.
No Brasil, por exemplo, é comum que o corte raso da floresta seja feito para dar lugar às pastagens para o gado em fazendas de grande e médio porte. Já em outros países, normalmente a ocupação da floresta se dá por pequenos agricultores.
O desmatamento é particularmente acentuado em áreas adjacentes a centros urbanos, estradas e rios.
No entanto, mesmo áreas remotas, onde não se conhece atividade humana, já mostram sinais de sofrer a pressão humana, principalmente em lugares onde existe mogno e ouro.
Mas nem todo desmatamento é ilegal. Certa quantidade de desmatamento em propriedades privadas pode ser legal.
De acordo com o Código Florestal do Brasil, cada proprietário de terra pode fazer corte raso de 20% da floresta amazônica em sua propriedade, mediante autorização dos órgãos ambientais.
Panorama do desmatamento da Amazônia
A demanda por terra que hoje provoca queimadas na floresta tropical úmida deve continuar intensa e a liberação contínua do carbono proveniente da queima de árvores na atmosfera deve se manter elevada.
Caso aumentem a frequência e a gravidade dos eventos de seca e a temperatura continue se elevando – como vem acontecendo nos últimos 200 anos –, então a quantidade de emissões de carbono dos trópicos pode aumentar rapidamente no futuro.
O aumento das emissões de carbono pode criar um perigoso ciclo vicioso, no qual o desmatamento retroalimenta a seca e o calor, e a seca e o calor agravam a degradação da floresta.
- Perda da biodiversidade – As espécies perdem seu habitat ou não conseguem sobreviver nos pequenos fragmentos florestais que restam.
As populações de plantas, animais e microorganismos ficam debilitadas e eventualmente algumas podem se extinguir.
Até mesmo o desmatamento localizado pode resultar na perda de espécies, devido ao elevado grau de endemismo – ou seja, a presença de espécies que só existem dentro de uma área geográfica determinada.
- Degradação do habitat – As novas rodovias, que permitem que pessoas e madeireiros alcancem o coração da Bacia Amazônica, têm provocado uma fragmentação geral na floresta úmida tropical.
A estrutura e a composição das espécies sofrem o efeito dessa fragmentação da paisagem e o mesmo acontece com o microclima. Tais fragmentos paisagísticos são mais vulneráveis às secas e aos incêndios florestais – alterações que afetam negativamente uma grande variedade de espécies animais.
- Modificação do clima mundial – É reduzida a capacidade da floresta de absorver o gás carbônico (CO2) poluidor. Ao mesmo tempo, existe uma presença maior de CO2 liberado com a queima de árvores.
- Perda do ciclo hidrológico – O desmatamento reduz os serviços hidrológicos providenciados pelas árvores, que são fundamentais.
No Brasil, uma parte do vapor d’água que emana das florestas é transportada pelo vento até as regiões do Centro-Sul, onde está localizada a maior parte da atividade agrícola do país.
O valor da colheita agrícola anual do Brasil é da ordem de US$ 65 bilhões de dólares – ou cerca de R$ 120 bilhões, em valores de 2009. Se mesmo uma pequena fração dessa quantia depender de chuvas originárias do vapor d’água da Amazônia, a falta de chuvas traria prejuízos consideráveis para o País.
Quando a redução das chuvas se soma à variabilidade natural que caracteriza a pluviosidade da região, a seca resultante pode provocar grande impacto ambiental. Já se verificam incêndios nas áreas que sofrem perturbações decorrentes da extração madeireira.
- Impactos sociais – Com a redução das florestas, as pessoas têm menos possibilidade de usufruir os benefícios dos recursos naturais que esses ecossistemas oferecem.
Isso se traduz em mais pobreza e, em alguns casos, essas pessoas podem ter necessidade de se mudar de lugar e procurar outras áreas para garantir seu sustento.
1Kricher, 1997
2Goudie (Ed.) 2001. Encyclopedia of Global Change. Environmental Change and Human Society
3Barreto et al. 2005. Human Pressure in the Brazilian Amazon. Imazon.
4Laurance et al. 2000. Forest loss and fragmentation in the Amazon: implications for wildlife conservation. Oryx, 34 (1), pp. 39-45
5Goudie (Ed.) 2001. Encyclopedia of Global Change. Environmental Change and Human Society
6Lewis, S.L. 2005. Tropical Forests and Atmospheric Carbon Dioxide: Current Knowledge & Potential Future Scenarios. Avoiding Dangerous Climate Change Symposium, Exeter, 1-3 Fevereiro de 2005. www.stabilisation2005.com/46_Simon_L_Lewis.pdf