© Tuane Fernandes / WWF- Brasil
Restauração de Ecossistemas

O QUE É RESTAURAÇÃO DE ECOSSISTEMAS ? 


Todos os dias, a natureza é ameaçada por atividades predatórias, como o desmatamento, a caça predatória, a grilagem de terras e o garimpo ilegal. Essas atividades têm o potencial de destruir a biodiversidade: a Mata Atlântica, por exemplo, é o bioma mais devastado do país, já que, atualmente, restam somente 12,4% de toda cobertura florestal pouco impactada no Brasil.  

A destruição da vegetação natural tem consequências diretas para todos os ecossistemas, como a perda de biodiversidade, a emissão de gases de efeito estufa, a alteração do ciclo da água e a diminuição da produtividade agrícola. 

Uma das formas de reverter esse cenário é com a restauração de ecossistemas. Quando restauramos uma paisagem, reconstruímos a cobertura vegetal nativa desse espaço, devolvendo, o quanto possível, a vegetação natural daquele ecossistema.  

Assim, processos ecológicos e serviços ambientais perdidos com a devastação dos biomas podem ser recuperados ao longo do tempo.  

Restuaração do bioma Cerrado rel= © Tuane Fernandes / WWF- Brasil


COMO A RESTAURAÇÃO DE ECOSSISTEMAS É FEITA? 


Para que uma paisagem seja restaurada, um diagnóstico é realizado para se entender qual o grau de degradação desse ecossistema e da área que se pretende restaurar. Essa análise é feita com base em fatores como: a quantidade e tipo de vegetação no entorno do local, qual uso da área anteriormente, que espécies são nativas da região, dentre outros. 

Com base nesse diagnóstico, existem diversos planos de ação que podem ser abordados para restaurar a área degradada: 

Muvuca (semeadura direta)
Quando sementes de diversas espécies nativas são lançadas no solo manualmente ou com ajuda de tratores e outros equipamentos; é uma técnica muito eficiente de restauração. 
 
Poleiros
Criação de estruturas naturais ou artificiais para o pouso de aves, animais efetivos na dispersão de sementes. Eles ajudam a semear plantas na área degradada, ajudando a recuperá-la.

Nucleação
É a criação de pequenos núcleos (habitats) de plantas nativas, estratégicas dentro da área degradada. Isso acelera a recuperação da vegetação natural, já que ajuda a criar as condições adequadas para outras espécies vegetais e animais. O objetivo é que, ao longo do tempo, toda a área seja recuperada, com os núcleos conectados. 

Restauração passiva (regeneração natural)
É quando os ecossistemas são capazes de se regenerar sozinhas, uma vez que o que está impactando ele é interrompido. Essa forma de restauração pode contar com a intervenção humana em algumas técnicas: com controle de espécies competidoras (condução da regeneração natural), na introdução de plantas e espécies de rápido crescimento (adensamento da regeneração natural) e na introdução de outras formas de vida para a complementação da riqueza biológica (enriquecimento). 

Plantio de mudas
Espécies nativas são plantadas, em forma de mudas, para o reestabelecimento da cobertura vegetal; é a técnica mais popular de restauração, e especialmente importante para áreas muito degradadas. 

Sementes de Capixingui (Croton floribundus), espécie nativa da Mata Atlântica, coletadas para a ... rel= © Tuane Fernandes / WWF-Brasil


QUAIS OS BENEFÍCIOS DA RESTAURAÇÃO DE ECOSSISTEMAS? 

A restauração de ecossistemas tem repercussões muito positivas para toda a natureza e sociedade, como a melhora na qualidade e disponibilidade da água, a redução da erosão, a redução dos riscos de deslizamento e assoreamento de rios, de enchentes e a recuperação da diversidade de espécies de animais e plantas. 

Entre os benefícios sociais e econômicos, podemos citar o fortalecimento de comunidades locais, o acesso a produção de alimentos, o aumento da produtividade do solo e da agropecuária com retornos financeiros para as comunidades, a valorização do turismo sustentável e a geração de empregos, entre muitos outros. De forma geral, a restauração dos ecossistemas melhora a qualidade de vida de todos que dependem de seus serviços.  

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