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Sabemos que, para conservar a vida e o planeta, é crucial pararmos a destruição do meio ambiente. Em alguns biomas brasileiros, no entanto, a degradação é tão grande que já não basta apenas barrar o desmatamento: é preciso também restaurar esses ecossistemas.
Na Mata Atlântica, por exemplo, calcula-se que, no Brasil, reste apenas 12,4% da floresta primária original do bioma de pé. No Cerrado, a estimativa é que mais de 50% da vegetação nativa tenha sido destruída até hoje.
Os prejuízos causados pela destruição dos biomas não afetam apenas a biodiversidade e as comunidades locais --impactos como a redução da quantidade e da qualidade da água e o avanço das mudanças climáticas são sentidos tanto em áreas rurais quanto nos grandes centros urbanos.
A restauração de paisagens e ecossistemas é um processo importante nesse contexto: por meio dele, busca-se reverter a degradação de solos, áreas agrícolas, florestas e bacias hidrográficas, restabelecendo assim os processos ecológicos e gerando bens e serviços ecossistêmicos, como a resiliência hídrica e a regulação climática.
A prática de restauração, no entanto, vai muito além do plantio de mudas e da recuperação da vegetação nativa. Nosso trabalho em restauração é realizado ao lado das comunidades locais, em especial aquelas que tradicionalmente são invisibilizadas dentro da sociedade, como os quilombolas e os agricultores familiares assentados, porque acreditamos no impacto positivo dessas ações para o ambiente e as pessoas.
O funcionamento pleno de uma cadeia de restauração é sinônimo de geração de renda, segurança alimentar, resgate cultural e uma melhor qualidade de vida para essas comunidades, que devem ser as vozes protagonistas de todo esse processo.
Nossa história com a restauração
Defendemos e trabalhamos há pelo menos 15 anos na restauração de paisagens e ecossistemas para ajudar na recuperação de áreas que foram degradadas, em especial no Cerrado e na Mata Atlântica.
Além do apoio direto para a recuperação destas áreas, trabalhamos para que articulações nacionais e internacionais de restauração tenham condições de ampliar suas atuações, de captar mais recursos e de se tornarem independentes.
Atuando nestes pilares, acreditamos que estamos criando as condições necessárias para termos ecossistemas mais saudáveis e que ajudem a frear o avanço das mudanças climáticas e a estancar a perda da biodiversidade.
Desde 2021, somos parceiros globais da Década da ONU (Organização das Nações Unidas) da Restauração de Ecossistemas, movimento que tem como objetivo acelerar a restauração em todo o mundo até o ano de 2030.
Além disso, fazemos parte de coalizões como a Global Partnership on Forest and Landscape Restoration (Parceria Global para Restauração de Florestas e Paisagens, em tradução livre), que reúne governos, organizações, institutos acadêmicos e de pesquisa sob o objetivo comum de restaurar florestas e paisagens em todo o mundo.
Raízes do Mogi-Guaçu
O programa tem se tornado referência em restauração ambiental no país: ao final da estação chuvosa de 2022, alcançamos a marca de 181 hectares em processo de restauração. A meta original prevê que, até 2024, sejam restaurados pelo menos 200 hectares na região, que apresenta hoje alto risco de escassez hídrica.
Redes do Cerrado
Junto à Associação Cerrado de Pé, atuamos para a restauração de uma área de 20 hectares dentro do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás. O processo envolve a coleta de sementes de árvores, arbustos e capim nativos, trabalho que é realizado principalmente pela comunidade quilombola Kalunga e que trouxe impactos positivos para mais de 100 famílias nos últimos 5 anos.
Fomos também um dos líderes na criação da Rede Araticum (Articulação pela Restauração do Cerrado), uma rede colaborativa e multissetorial que visa atuar como uma coalizão para promover a restauração em larga escala do Cerrado e que hoje conta com pelo menos 80 instituições engajadas.
Cabeceiras do Pantanal
Junto a diferentes parceiros, atuamos para fortalecer os conhecimentos técnicos das comunidades locais sobre a coleta, o armazenamento e o plantio de sementes, ajudando a acelerar a restauração dos ecossistemas da região e possibilitando a geração de trabalho e renda para essas populações. Por meio dessas iniciativas, pelo menos 2,5 hectares já foram plantados por meio de semeadura direta.
No município de Bonito (MS), trabalhamos junto à Tapestry Foundation em uma experiência piloto de reabilitação de pastagens degradadas com espécies nativas do Cerrado, como o baru. Como parte do Grupo de Trabalho de Reabilitação de Áreas Degradadas no Cerrado (GTPastagens), atuamos na realização de uma série de estudos que evidenciam o potencial da reabilitação das áreas degradadas para o aumento da atividade agropecuária sem que a vegetação precise ser derrubada.
Restaura Natureza
Voltada a alunos de escolas públicas e privadas de todo o Brasil, a iniciativa reconhece a importância da comunidade escolar como ponto de partida para a formação de uma nova consciência, com hábitos sustentáveis de vida.
Ao longo da olimpíada, os estudantes participantes, professores e comunidades escolares entram em contato com diversas formas de restaurar e são incentivados a criar e experimentar possibilidades na prática.
A segunda edição da olimpíada, que acontece em 2023, foi estendida para permitir que estudantes até o primeiro ano do ensino médio também participem.
Parcerias corporativas
No caso da restauração, as regras de licenciamento ambiental são indutoras do trabalho financiado pelas empresas, e acreditamos que com a nossa orientação é possível potencializar essas ações.
Governança de Paisagens
Esse trabalho é realizado em um contexto de arranjos institucionais, que envolve o fortalecimento de parceiros locais e a conexão de diversos atores --sejam estados, municípios, terceiro setor, comunidades locais e cooperativas ou sindicatos rurais. Com isso, um dos nossos principais objetivos é disseminar e fornecer informações de qualidade para os tomadores de decisão em restauração.