© Marco Antônio Teixeira/WWF-Brasil
OCEANO

O Oceano ocupa 70% da área do planeta e segundo dados da ONU fornece alimento e condições de vida para mais de 3 bilhões de pessoas, além de responde por 30 milhões de empregos diretos e diferentes formas de subsistência. 
 
No Brasil, a economia do mar, que envolve atividades como turismo costeiro, pesca e aquicultura, energia, e indústria naval, teve uma participação de cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018.  
 
Diante desse cenário, não é possível pensar em conservação da biodiversidade ou em combate às mudanças climáticas sem pensar no Oceano.  
 

O que estamos fazendo

© Ilustração: Pedro Hamdan / Laboota

Trabalhamos combatendo os impactos das mudanças climáticas na biodiversidade marinha e comunidades costeiras de diferentes formas, divididas principalmente em duas frentes: adaptação e mitigação. 

A frente de adaptação tem como objetivo aumentar a resiliência dos sistemas socioecológicos costeiros e marinhos brasileiros. Nela, trabalhamos com a conservação e criação de Áreas Marinhas Protegidas (AMPs)  e com programas de proteção de espécies, como os projetos de conservação e restauração de recifes de coral.

Quando se fala em mitigação, o foco principal é a diminuição dos gases de efeito estufa. Trabalhamos por uma transição energética justa, principalmente evitando novas fronteiras exploratórias de óleo e gás, e também no Planejamento Espacial Marinho, um instrumento de gestão que garante o ordenamento de todas essas atividades na zona marinha e costeira brasileira, de forma a manter a saúde do oceano e seus serviços ecossistêmicos. 
 
De maneira transversal, também realizamos ações de incidência política e internacional, atuando para melhorar as políticas públicas brasileiras visando a criação de uma governança para o território marinho e costeiro que garanta sua conservação e uso sustentável.  

Áreas Protegidas

As Áreas Marinhas Protegidas (AMPs) são essenciais para conservar a sociobiodiversidade e enfrentar as mudanças climáticas. Atuamos na criação e valorização dessas áreas, respeitando os direitos de povos e comunidades tradicionais.

Na criação, realizamos estudos para identificar áreas prioritárias e estratégias participativas, mapeando oportunidades e parceiros. Atualmente, trabalhamos em dois territórios de alta biodiversidade: os montes submarinos da cadeia de Fernando de Noronha e Cadeia Norte brasileira, e a região dos Abrolhos.

Na valorização, buscamos transformar AMPs em ativos de desenvolvimento territorial, promovendo turismo, inovação e empreendedorismo. Também investimos na capacitação de gestores, definição de usos sustentáveis com comunidades e discussão de mecanismos financeiros.

Proteção de Espécies

As mudanças climáticas são, hoje, a principal ameaça aos corais brasileiros, em especial os localizados na região Nordeste. Mas o avanço de fronteiras industriais em áreas recifais sensíveis, a poluição, a sobrepesca, o desmatamento e o desordenamento costeiro também representam riscos importantes para a espécie. Entre as principais consequências dessas ameaças, estão o branqueamento dos corais e o declínio dos recifes. 
 
Atuamos em ações de conservação e restauração de corais em diferentes localidades do país, como a região do litoral de Pernambuco e Alagoas, a região de Abrolhos, no litoral da Bahia, e a região de Fernando de Noronha e Atol das Rocas.

Ações como expedições de coleta de amostras de sedimento e de mapeamento de corais na costa brasileira em parceria com a UFPE, CEPENE/ICMBIO e o Instituto Recifes Costeiros.  

Transição Energética

Defendemos que o Brasil reduza as emissões de carbono, investindo em fontes renováveis e aproveitando suas vantagens na produção de energia limpa. Por isso, somos contra novos blocos em fronteiras exploratórias de petróleo e gás, monitorando essas regiões para evitar ameaças ao meio ambiente e às comunidades tradicionais.

Com base em evidências técnicas e científicas, analisamos os riscos da exploração de petróleo e gás, incluindo áreas sensíveis a derramamentos e espécies afetadas. Também avaliamos se licitações e licenciamentos ambientais seguem as normas nacionais, garantindo a proteção ambiental e os direitos das comunidades locais.
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