© Michel Gunther / WWF

Incentivando o turismo e o uso público de áreas protegidas

As áreas protegidas são o mais importante instrumento criado pela humanidade para conservar a natureza, a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos fornecidos por elas. Além dos benefícios sociais e econômicos gerados pelo turismo sustentável, incentivar o uso público desses locais é uma das formas mais eficazes de engajar a população na valorização e preservação. 

De acordo com Brian O´Neill, ex-superintendente do Serviço Nacional de Parques dos Estados Unidos, “as pessoas não apoiarão um parque a menos que tenham uma conexão emocional com ele. Percebemos que essa conexão e o sentido de apropriação dos valores do lugar exigem o que chamamos de ganchos incrementais, ou uma série de oportunidades de envolvimento cada vez mais profundo oferecidas aos indivíduos ou grupos”.

Neste contexto, o WWF-Brasil desenvolveu uma estratégia de uso público para as unidades de conservação (UCs) no país, buscando fomentar a diversificação das oportunidades, consolidando principalmente o turismo como ferramenta de conservação e de promoção de desenvolvimento socioeconômico. É por meio da valorização pelas pessoas que frequentam, e reconhecem a importância desses lugares, que engajamos a sociedade e protegemos as unidades de conservação.

Um exemplo é o que temos feito no extremo sul da Bahia, área de Mata Atlântica, onde focamos em experiências de visitação em áreas protegidas que sejam aliadas da conservação, inclusivas para as comunidades locais e inesquecíveis para os visitantes. Junto com o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e outros parceiros, temos atuado para criar experiências que valorizem a conservação da biodiversidade e a cultura do território, fortalecendo os laços entre a sociedade e os parques, reservas e refúgios. 

O sul da Bahia é território de Parques Nacionais, Refúgios de Vida Silvestre e Reservas Extrativistas, de Canavieiras até Caravelas – na região do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos. Por isso, a valorização dessas e de outras UCs faz das áreas protegidas um importante indutor de desenvolvimento territorial. 

Mas esse não é um trabalho individual e solitário. Temos visto o poder transformador por meio do Park Design, uma abordagem que se baseia na realização de todo o processo de criação de forma coletiva e colaborativa, reunindo o máximo de perspectivas diferentes. Com isso, facilitamos a construção de roteiros autênticos e impactantes. 

Já no coração do Tapajós, no Pará, atuamos com dez comunidades locais, identificamos experiências de visitação únicas, diversificadas e complementares, conectando as potencialidades do território. Não apenas desenvolvemos juntos roteiros turísticos integrados que refletem a autenticidade cultural e ambiental da região, mas também buscamos fortalecer os laços entre as comunidades, conectando experiências que reposicionem o destino Amazônia no mercado, por meio de um roteiro integrado que destaca a riqueza natural de maneira única. 

Este é apenas o começo de uma longa jornada rumo a um turismo mais justo, sustentável e inclusivo.

 

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