O governo deveria implementar leilões de eficiência energética, ou seja, determinar uma certa quantidade de energia a ser conservada (e/ou a potência retirada) e respectiva comercialização, que poderia ser feita através de órgão independente ou agência de governo, por exemplo.

Essa é uma maneira alternativa de se viabilizar, através de agentes de mercado, a consecução de medidas que poupem energia nos setores de oferta e usos finais. Referente aos usos finais, permitiria o desenvolvimento de companhias de serviços de eficiência energética, em relação ao setor de oferta, alavancaria a recuperação de usinas hidrelétricas mais antigas através de re-potenciação. Estima-se que é possível haver ganhos em instalações com mais de 20 anos de uso correspondentes, hoje, a 32 GW instalados com custos de R$ 250-600 / kW adicionados.

Alternativamente, pode ser feito também um leilão a partir de um montante de recursos ofertado e os agentes devem fornecer programas que maximizem a quantidade de energia conservada. Esta medida tem um potencial de cerca de 290 TWh, em 2020, a um custo inferior ao da tarifa que seria praticada naquele ano. Ademais, deve ser considerado que os leilões poderão atrair agentes do mercado para viabilizar, pelo menos, 15% desse potencial. Entretanto, tal medida implica ter bons diagnósticos de potenciais de eficiência energética e os custos relacionados com conservação de energia. Além disso, exige uma grande capacidade de monitoramento e verificação por parte da agência responsável pelo mecanismo, que já tem sido aplicado internacionalmente, especialmente nos Estados Unidos.

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