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Onça-pintada
Por estar no topo da cadeia alimentar e necessitar de grandes áreas preservadas para sobreviver, esse animal o mesmo tempo temido e admirado que habita o imaginário das pessoas é um indicador de qualidade ambiental. A ocorrência desses felinos em uma região indica que ele ainda oferece boas condições que permitam a sua sobevivência.
As crescentes alterações ambientais provocadas pelo homem, assim como o desmatamento e a caça às presas silvestres e às próprias onças são as principais causas da diminuição da população de onças no Brasil.
Reduzir essas ameaças é fundamental para garantir a sobrevivência da onça-pintada e a integridade dos ecossistemas.
A onça-pintada
A onça-pintada é o maior felino do continente americano, podendo chegar a 135 kg. É um animal robusto, com grande força muscular, sendo a potência de sua mordida considerada a maior dentre os felinos de todo o mundo. Suas presas naturais são animais silvestres como catetos, capivaras, jacarés, queixadas, veados e tatus. Outra característica marcante dessa espécie é que ela não mia como a maioria dos felinos. Assim como o Leão, o Tigre e o Leopardo, ela emite uma série de roncos muito fortes que são chamados de esturro.
Características
Possui pelagem amarelo-dourado com pintas pretas na cabeça, pescoço e patas. Nos ombros, costas e flancos tem pintas formando rosetas que têm, no seu interior, um ou mais pontos.
O Leopardo (Panthera pardus), que ocorre na Ásia e África, também possui rosetas, porém sem pontos pretos no interior. Podem ocorrer indivíduos inteiramente negros, sendo esta apenas uma característica melânica da mesma espécie. Mesmo nesses indivíduos, as pintas podem ser visualizadas na luz oblíqua.
Distribuição
Originalmente a distribuição deste animal se dava desde o sudoeste dos Estados Unidos até o norte da Argentina. Atualmente ela está oficialmente extinta nos Estados Unidos, é muito rara no México, mas ainda pode ser encontrada na América Latina, incluindo o Brasil.
De maneira geral, porém, suas populações vêm diminuindo onde entram em confronto com atividades humanas. No Brasil ela já praticamente desapareceu da maior parte das regiões nordeste, sudeste e sul.
Ocorre em vários tipos de habitat, desde florestas como a Amazônica e a Mata Atlântica, até em ambientes abertos como o Pantanal e o Cerrado. São animais de hábitos solitários, tendo maior atividade ao entardecer e à noite.
Presas
Suas presas naturais consistem de animais silvestres como catetos, capivaras, queixadas, veados e tatus. No entanto quando o número destes animais diminui, geralmente por alterações ambientais provocadas pelo homem, as onças podem vir a se alimentar de animais domésticos e por esse motivo são perseguidas.
Ameaças
A destruição de habitats aliada à caça predatória devido principalmente ao alegado prejuízo econômico causado às criações de animais domésticos fazem com que as populações venham sendo severamente reduzidas.
É classificada pela IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza) e pelo IBAMA como espécie vulnerável e está no apêndice I do CITES.
Fonte: Site do Instituto Pró-Carnívoros
Fatos e curiosidades
- As onças-pintadas sao animais territorialistas, ocupando, na dependência do tipo de habitat, de 22 a mais de 150 km2, onde o território de um macho se sobrepõe aos de duas ou mais fêmeas.
- Os machos e as fêmeas encontram-se apenas no período reprodutivo.
- A gestação é de 93 a 105 dias, nascendo somente um ou dois filhotes.
- A mãe cuida do filhote até que ele complete cerca de dois anos. Neste período o ensina a caçar e a sobreviver.
© O registro fotográfico das manchas da pele da onça, uma espécie de impressão digital única em cada animal, ajuda na idenficação © Fernando Azevedo
Manchas são impressões digitais
Além da beleza estética, as manchas na pele das onças são uma espécie de impressão digital, única, que nunca se repete. Por isso, são utilizadas para a identificação dos felinos. Durante o trabalho de captura, os pesquisadores da Pró-Carnívoros fotografam a pelagem na lateral e também a parte da cabeça do animal. Desta forma, se uma onça for morta por um caçador e for retirado o colar transmissor, é possível identificá-la comparando as fotos com a pele do animal morto. As fotos são anexadas no material de pesquisa junto com os dados coletados.