Pantanal
Localizado no coração da América do Sul, o Pantanal desempenha um papel fundamental na conservação da biodiversidade. Esse imenso reservatório de água doce, maior área úmida continental do planeta, é importante para o suprimento hídrico, a estabilização do clima e a conservação do solo. Além disso, o Pantanal é fonte de vida para diversas espécies animais e vegetais, atuando como um gigantesco berçário para todas elas.
Importância ambiental
É a maior área úmida continental do planeta e berço de rica biodiversidade. Possui uma área de 624.320 km², aproximadamente 62% localizada no Brasil, nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e estende-se pela Bolívia (20%), e Paraguai (18%). As cheias anuais atingem cerca de 80% do Pantanal e o ciclo das águas traz o equilíbrio ambiental, proporcionando a renovação da fauna e da flora. Pela importância ambiental, foi decretado Patrimônio Nacional pela Constituição de 1998, e Patrimônio da Humanidade e Reserva da Biosfera, pelas Nações Unidas, em 2000.
Planície e Planalto
Para a conservação do bioma, é importante levar em conta a Bacia Hidrográfica do Alto Paraguai como um todo e a relação de interdependência da planície inundável com o planalto. Tudo está interligado. A água que nasce nas partes altas corre para baixo, para a planície inundável. É o ciclo das águas – que sobem no período das chuvas e baixam na estiagem – o responsável pela rica biodiversidade do Pantanal.
Dados apontam que Pantanal brasileiro gera cerca de US$ 112 bilhões por ano em serviços ambientais, mantendo-se conservado. O valor representa 5% do PIB nacional. Se convertido em áreas agropecuárias, estimam-se US$ 414 milhões anuais cujos benefícios serão mais individuais do que coletivos.
Biodiversidade
Já foram registradas no Pantanal pelo menos 4.700 espécies, incluindo plantas e vertebrados. Desse total, 3.500 são espécies de plantas (árvores, vegetações aquáticas e terrestres), 325 peixes, 53 anfíbios, 98 répteis, 656 aves e 159 mamíferos.
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Jaguatirica (Felis pardalis)
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Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla)
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Veado Campeiro (Ozotoceros bezoarticus))
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Jacaré-do-pantanal (Caiman yacare)
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Quati (Nasua nasua)
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Tuiuiú (Jabiru mycteria)
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Tatu peba (Euphractus sexcinctus)
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Seriema (Cariama cristata)
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Revoada de aves no rio Paraguai
Nossas soluções
O WWF-Brasil apoia projetos de conservação na região há 16 anos. O trabalho consiste na realização de estudos de impacto sobre o uso do solo e mudanças climáticas, além do cálculo da Pegada Ecológica e monitoramento da cobertura vegetal. Também ajudamos a conservar as nascentes, a recuperar áreas degradadas e buscamos estimular a produção sustentável de carne com a promoção de boas práticas para o fortalecimento da pecuária orgânica certificada, entre diversos outros projetos.
O trabalho do WWF-Brasil, na região, é realizado por meio de dois Programas: Cerrado Pantanal e Água para Vida. No bioma, a estratégia de conservação é, ainda, compartilhada com o WWF-Bolívia e o WWF-Paraguai. O trabalho desenvolvido tem promovido ações mais efetivas na conservação da região, que buscam envolver a conservação e a proteção dos ecossistemas aquáticos, o desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis, o planejamento sistemático do território e o desenvolvimento de hábitos responsáveis de consumo.
Atividades econômicas
A ocupação do Pantanal por europeus e seus descendentes foi iniciada no século 18 com a introdução da pecuária na região. A atividade econômica tornou-se a mais significativa e se estende do planalto das bordas da bacia até a planície alagável. Ela faz parte da tradição pantaneira há mais de 200 anos e continua sendo a principal atividade econômica da região. Responsável por cerca de 65% da atividade econômica nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
A valorização da cultura tradicional (do homem pantaneiro) juntamente com o respeito às dinâmicas naturais, aliada ao manejo sustentável da criação de gado são uma alternativa de modelo econômico no Pantanal. O WWF-Brasil iniciou em 2003 um trabalho pioneiro na região e começou a trabalhar com a pecuária sustentável no Pantanal com expansão para o Cerrado, Amazônia e para a Bolívia.
A pesca de subsistência é integrada à cultura regional e é importante para as populações ribeirinhas. A pesca esportiva se tornou o principal atrativo do turismo regional, especialmente, no Mato Grosso do Sul. O turismo é outra atividade econômica no Pantanal.
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