Site Brydes do Brasil convida a sociedade a colaborar com a ciência
novembro, 30 2017
Parceria do WWF-Brasil com o Instituto Mar Adentro viabiliza criação da página, que busca criar um mapa da espécie no Brasil
As baleias-de-bryde são quase um mistério para os pesquisadores de cetáceos no Brasil e no mundo. Essas gigantes de águas salgadas são pouco avistadas e, com poucas informações sobre elas, os estudiosos têm diferentes teorias sobre o animal.Alguns a consideram como a baleia-de-bryde (uma única espécie, Balaenoptera edeni). Outros a veem como duas subespécies: a baleia-de-bryde- oceânica (B. edeni edeni) e a baleia-de-eden (B. edeni bydei). Já outros pesquisadores consideram que existem duas espécies: B. edeni e B. brydei.
Além do problema da taxonomia, diferenças morfológicas, osteológicas, genéticas, ecológicas e até comportamentais foram reportadas entre as várias populações do “complexo edeni/brydei” do mundo.
Assim, o programa de pesquisa participativa Brydes do Brasil lança hoje, em parceria com o Instituto Mar Adentro e o WWF-Brasil, um site de ciência cidadã que busca trazer luz para os estudos científicos sobre a espécie. Através da ciência cidadã, a sociedade está sendo convidada a catalogar o animal por meio de fotos, criando um verdadeiro álbum de família, com cada indivíduo que aparece na costa brasileira, suas principais características, locais de ocorrência e muito mais.
“Trazer as pessoas para perto da pesquisa científica é fundamental para encontrarmos novas informações sobre a baleia-de-bryde. É como se estivéssemos treinando novos olhos de pesquisadores por toda a costa nacional”, comenta Liliane Lodi, idealizadora do projeto.
Além das fotos de identificação da baleia, outras imagens, vídeos, artigos, textos de divulgação científica e notícias na mídia também serão bem-vindos nesse grande acervo de informações sobre a espécie.
“Além da participação da sociedade nesse processo, o site convida a própria comunidade científica a compartilhar mais informações entre si. Afinal, juntos, podemos construir muito melhor”, comemora Anna Carolina Lobo, coordenadora do Programa Mata Atlântica e Marinho do WWF-Brasil.
Navegue nessa onda! brydesdobrasil.com.br