Sustentabilidade do Café é tema de workshop em Brasília
abril, 26 2018
Evento, produzido por WWF-Brasil e Banco do Brasil, reuniu stakeholders da commodity para discutir melhores práticas ambientais no setor
Por Taís MeirelesIniciou nesta quinta-feira (26), a segunda etapa de workshops de commodities promovidos pelo WWF-Brasil e o Banco do Brasil. O evento, que vem ocorrendo desde outubro de 2017, busca trazer para diferentes atores do agronegócio brasileiro o tema dos critérios socioambientais para financiamento.
De forma inovadora no mercado, o Banco do Brasil convida stakeholders das diferentes commodities brasileiras para debater sobre o tema e tornar os negócios da instituição o mais sustentáveis possíveis. Depois das discussões sobre a cultura de Soja, Milho, Arroz, Eucalipto e Algodão, agora foi a vez do Café.
Cerca de 15 pessoas participaram do workshop, realizado em Brasília (DF), na Universidade Corporativa do BB. Conselhos, empresas do setor, universidades e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento foram algumas das instituições que marcaram presença.
A metodologia utilizada para o desenvolvimento dos temas e análises foi a Supply Risk Analysis, desenvolvida pelo WWF Estados Unidos e também aplicada nas edições anteriores do evento. Por meio dessa metodologia, que dispõe de mais de 40 fatores, é possível mapear e identificar os riscos socioambientais e as possíveis soluções relacionadas a eles.
O workshop contou com atividades e dinâmicas que incentivaram a fala e a participação de todos os participantes do evento. Neste ritmo, surgiram ideias, questionamentos e observações que enriqueceram o debate acerca do tema e tornaram possível a identificação e o aprendizado de diversos pontos de atenção e tendências no setor do Café.
Fabiana Carmanini Ribeiro, professora da UnB, participou pela primeira vez do evento e disse estar gostando da experiência. “É muito interessante ver os diferentes olhares sobre o mesmo setor. Eu, que trabalho com a parte de armazenamento dos grãos, senti falta de um indicador específico sobre isso, mas sei que não há como contemplar tudo em um dia só. Ainda assim, acho que a discussão trará resultados muito positivos”, comentou.
Entre os diversos critérios priorizados para a análise, para o tema do café, foram destacados: degradação do solo, toxicidade para seres humanos e outras espécies, consumo de água, mudanças climáticas, cobertura negativa da mídia e saúde dos ecossistemas. Temas, esses, que foram analisados um a um, durante todo o dia.
Cassio Franco Moreira, da Associação Café Orgânico Brasileiro (ACOB), defende este tipo de discussão e ainda vai além: “Para se ver uma mudança real dos produtores é necessário demonstrar para eles, realizando dias de campo por exemplo, que ser sustentável não é apenas melhor para o meio ambiente, mas também para os negócios”.
Banco do Brasil e a Economia Verde
O Banco do Brasil, como o banco do Agronegócio, tem um papel fundamental em equilibrar a expansão da produção e consumo de commodities ao mesmo tempo em que promove o uso eficiente e responsável dos recursos naturais.
Para isso, a instituição financeira é parceira do WWF-Brasil há mais de sete anos e busca fomentar cada vez mais essa relação entre negócios e natureza por meio de mecanismos de gestão de riscos e novos negócios em Economia Verde. O próximo workshop temático acontecerá em junho, também em Brasília, e abordará o tema da Avicultura.
Quer saber mais sobre Risco Socioambiental? Conheça a metodologia Supply Risk Analysis aqui. Veja também as atuais Diretrizes de Sustentabilidade do Banco do Brasil aqui.