fevereiro, 01 2018

São Paulo, 1 de fevereiro de 2018 – O WWF Internacional anunciou a nomeação de João Campari como Líder Global para a Prática de Alimentos. Com a nova função, Campari deverá conduzir o objetivo do WWF de tornar os sistemas alimentares mais sustentáveis em todo o mundo. Ele ficará baseado em São Paulo, trabalhando em estreita colaboração com o escritório brasileiro, liderado pelo diretor executivo Mauricio Voivodic.

Campari traz ao WWF Internacional uma profunda experiência de trabalho numa intersecção vital para o desenvolvimento sustentável: produção agrícola e aquacultura, sistemas alimentares e conservação ambiental. Ele será responsável pela implementação da estratégia da Prática de Alimentos, impulsionando inovação nas iniciativas da rede WWF, testando novas ideias e modelos que tragam escala à conservação ambiental. A Prática de Alimentos concentra-se em três áreas-chaves: produção sustentável, redução da perda e do desperdício de alimentos e alimentação sustentável. A Prática atua como um ponto focal para unificar os vários programas que estão sendo trabalhados nos mais de 100 escritórios do WWF ao redor do mundo, além de compartilhar conhecimentos e melhores práticas de toda a rede.

Segundo Campari, "o sistema alimentar atual desafia tanto o desenvolvimento socioeconômico quanto a conservação. Se não abordarmos o problema de forma sistêmica e com a urgência que ele merece, não conseguiremos construir um futuro em que as pessoas e a natureza vivam em harmonia. Eu acredito que a inovação e a colaboração que a Prática de Alimentos trará para a rede WWF ajudarão a reverter as tendências negativas que vemos no sistema alimentar atual".

"Por meio do Cerrado, o Brasil alimenta bilhões de pessoas, de Brasília a Pequim", afirmou Mauricio Voivodic, diretor executivo do WWF-Brasil. "Seja trabalhando com o setor privado ou governos para proteger nossos recursos naturais, seja para educar os consumidores quanto à importância de suas escolhas na área de alimentos, o WWF-Brasil está falando cada vez mais sobre a sustentabilidade alimentar. Estamos entusiasmados com a chegada de João Campari à organização, e esperamos poder potencializar nossas iniciativas no país com seu vasto conhecimento."

A Prática de Alimentos do WWF é composta por uma equipe de especialistas distribuídos pelos territórios das Américas, Europa, África e Ásia-Pacífico, e é apoiada por um time de experts em assuntos de relevância e pontos focais localmente designados, que impulsionam a transformação almejada. Em todo o mundo, o WWF tem mais de 6.500 funcionários. O WWF-Brasil tem 120 funcionários e tem 67 projetos em andamento na Amazônia, no Cerrado, na Mata Atlântica e no Pantanal, além dos ecossistemas marinhos na costa brasileira, com um esforço constante para implementar ações de grandes impactos e longo prazo na conservação.

Biografia

João Campari tem mais de 20 anos de experiência em desenvolvimento internacional, trabalhando especialmente para equilibrar a produção agrícola e os sistemas de alimentos com a conservação.

Ocupou cargos técnicos e executivos em agências bi e multilaterais (Banco Mundial, PNUD e DFID) e no Ministério do Meio Ambiente do Brasil. Também assessorou governos nacionais e subnacionais (no Brasil, na Argentina, na Bolívia e no Paraguai) a respeito da concepção e da implementação de políticas de desenvolvimento regional, combinando o desenvolvimento socioeconômico com a conservação. Durante 13 anos, Campari trabalhou na organização ambientalista The Nature Conservancy em diferentes cargos, desde diretor de programas até economista-líder do programa Global Lands. Antes de se juntar ao WWF, Campari trabalhou no setor privado e com o governo do Brasil, onde ocupou o cargo de assessor-especial de meio ambiente e sustentabilidade do ministro da Agricultura do Brasil.

Campari é bacharel em Relações Internacionais e Economia. É mestre e doutor em Economia (meio ambiente e recursos naturais) e formou-se em General Management pela Harvard Business School. Publicou dois livros sobre a economia do desmatamento na Amazônia e é um dos coautores da mais abrangente avaliação do potencial de mitigação de carbono em melhorias de baixo custo no manejo da terra. Em 2014, foi eleito um dos 100 melhores líderes brasileiros no setor agrícola pelo trabalho inovador realizado nas áreas de agricultura e conservação (Revista Isto É Dinheiro Rural).

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